quarta-feira, 4 de abril de 2012

Saudade...

Talvez de um tempo de sorriso mais simples... Talvez de receber cartas, ou de cantar canções suaves.

De pisar a grama com a terra querendo conhecer os recondidos espaços entre meus dedos (ah disso com certeza).

E nuvens... convidando a mente pra brincar.

De entregar o beijo que trazia guardado comigo, e vê-lo indo dormir nas doces ruguinhas da face da minha bisa. Na despedida, abençoava a partida, sentada na varanda. E os bolinhos de chuva? Não, hoje não falo deles. Merecem um escrito especial, um poema talvez... Isso, e as "cocadas" do biso...

Saudade é o irmão que a vida levou... o abraço que nunca nos demos, as brigas que nunca tivemos, as lembranças que fui obrigado a sonhar.

É também o olhar da francesa, os poemas púberes de um amor feito de cera de vela... e de estrelas.

A tensão da cochia, o pano de feltro vermelho, o chocolate da estréia... As luzes conduzindo ao palco, e o palco conduzindo à vida! Saudade, as vezes, seu nome é aplauso...

E é tudo, e é tantos, que na verdade... Hoje, saudade sou eu...

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