O que já sei, no entanto, do alto da maturidade que meus míseros "vinte e poucos anos" me conferem, é que o juízo de valor em torno de qualquer argumento depende dos referenciais de quem o avalia. E uma vez compartilhadas (ou não) as bases sobre as quais o argumento se alicerça, há um acordo com relação à relevância do mesmo.
E é tendo isso em mente que sustento o argumento de não reafirmar através do meu voto a liderança, em minha cidade, de um partido que, sobre os ombros, carrega a responsabilidade do maior encândalo de desvio de verbas públicas e compra de apoio político já esquematizado na história deste país.
Ainda que esta prática seja (vergonhosamente) recorrente - e que não tenha sido iniciada na gestão em questão - os parlamentares da base, que na época gozavam de plenos poderes para extirpar essa distorção, optaram por corroborar (e mais ainda potencializar) com a conduta, de modo que tanto os gestores anteriores quanto os atuais estão errados.
Se durante a conversa de ontem a debilidade do meu argumento foi exposta no ponto onde desconsiderava que, dentre os partidos existentes, o da situação é - proporcionalmente - o "menos corrupto" o que me resta dizer é que a minha posição se alicerça sobre uma base muito mais moral que política (no sentido ruim da palavra), podendo ser traduzida em uma premissa muito simples que trago de casa:
Não existe "Meia-Justiça"
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