As joias em questão tomam forma de poemas, escritos por Vera Lúcia de Meira que, não por acaso - por que o acaso não existe - vem a ser a mãe deste que vos escreve. Conhecer estas linhas é como conhecer parte de mim mesmo. E lê-las é como desnudar a alma que flui dentro daquela que fez de mim tudo que sou... Que me ensinou as primeiras letras, que me ensinou a amar e que me mostrou que era possível unir os dois amando as letras
...
Mudança
Vera Lúcia de Meira - 27/08/1997
Respiro, consequentemente, estou viva.
Intuo que morri sem me dar conta.
Quantas vezes me ocorreu um nascimento imperceptível,
Seguido de fugaz euforia e, com perene agonia,
Finaliza.
Quando consigo,
desterro aflita a semente enraizada,
pois, se cresce, piora, e pouco se pode fazer ou
aproveitar!
Nem sempre é assim.
Às vezes, sangra e fere.
Noutras nem lembro!
Que bom que amanhã é setembro e com ele
vem a primavera!
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