No céu um vazio seco...
E uma esperança que já nasce esqualida,
Escorrendo pelos sulcos torturados da face.
O presente é desespero, pó e fome
O futuro não é senão um sonho
É gota de chuva com gosto de lágrima.
Nem a carne lhes abraça os ossos
Os pés já não sustentam o caminhar
Escrevem pálida a existência no horizonte.
São anjos os filhos da terra
São seiva que teima em vingar
Vida que brota dolorosa e incerta
Das entranhas esquecidas do Chifre da África...
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