Ligue a televisão. Folheie uma revista. Vá a um show de um artista que lhe agrade. E sinta-se vitorioso se depois disso tudo você ainda for capaz de, simplesmente, ser você mesmo.
Há um mundo de coisas lá fora gritando em nossos ouvidos o quanto somos inaptos e desajustados todos os dias. É tanto discurso reforçando uma porção de pseudo-verdades (e pseudo-valores) que você acredita que a cada segundo tem de reaprender a viver para não ter de ser empoleirado na estante da obsolescência social...
E você comprando, copiando, fingindo, formatando, se vendendo, mutilando suas virtudes originais, iludindo, oprimindo... Nasce aí uma supramente padronizada e coletiva que transforma os homens em meros reflexos redundantes de si mesmos... pois é esse o protocolo. Aceite, e viva (se puder).
Na fímbria da vida virtual em que fingimos viver, existir não é mais do que administrar simulacros de características residuais
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