Enquanto Vênus caminhava frívola diante dos olhos do astrônomo, este, estenuado das leis que o fazem irremediavelmente humano e limitado, desejou, nem que por um instante, a lei da gravidade lhe concedesse um habeas corpus, só para poder declarar-se a ela:
"- Deixa-me, bela Vênus, senti-la com as pontas dos dedos. Deixa o corpo voar como voa a mente, para que eu possa beijar-te a testa e conhecer o infinito como seu passageiro."
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