Quando te põe em sintonia com a chuva
Soam, dentro de ti, os fonemas
A vibrar, a viver, a derramarem-se
Se entrelaçares as letras por entre o gotejar
Nascer-lhas-ão leves, puras
Limpas, desde o primeiro sopro
Se do trovar do vento
extraíres teus ensinamentos
Serás tão forte quanto dele for o cantar
Confia, a rima deixa comungar dos pingos
Pois dança ela como dança a tua alma
Deixa a chuva fecundar o solo do teu verso
Pois fazer-se-á estrofes com cheiro terra
E um poema com gosto de vida.
Façamos nós, do poema, um segredo
Um elo de irmandade, de amor
Pois nele mora o coração da chuva
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