quarta-feira, 25 de maio de 2011

Lembranças de uma (quase) realidade - em prosa

Hoje reencontrei aquela fotografia. Ou quem sabe só tenha pensado nela... E a lembrança foi como um reencontro. Lembrei de tudo o que ela significava, naquele tempo em que os sorrisos posados nela ainda eram... frescos e verdadeiros. Ouvi de uma amiga mais cedo que o mundo é estranho. Não cheguei a perguntar em que canto residia a estranheza do mundo dela, mas no momento em que tinha aquela foto entre os dedos, (ou na lembrança, já disse que não estou bem certo), a estranheza do meu mundo estava em perceber como as situações mudam... Como aquela que era pra você o fio da espada com a qual você derrotava os dragões do seu caminho, não passa hoje nem de uma lâmina cega...

E aquelas palavras de adeus no verso?

"blá, blá, blá... eu vou embora... blá, blá, blá porque não posso continuar..."

Nem poético chega a ser. Francamente hein? E tudo aquilo que te parecia o fim do mundo, e um convite para um salto no abismo, não é nada mais do que uma lembrança (meio patética até) de uma quase realidade.

Obrigado Carolina, por tudo que a sua recusa me ensinou.