sábado, 25 de janeiro de 2014

Para curtir o verão em Curitiba e arredores


Rico Boschi

Panorâmico Parque Clube
Foto: Divulgação


Ok, Curitiba não tem praia. Mas, ainda assim, na capital ou bem pertinho dela existem opções pra quem quer aproveitar os dias ensolarados e quentes do verão. Dá uma olhada nas dicas que o Guia Gazeta do Povo preparou pra quem quer se divertir sem precisar pegar o caminho do litoral

***Parques Aquáticos***
Se a busca é sombra e água fresca com um pitadinha de adrenalina, o Panorâmico Parque Clube, localizado na área de preservação ambiental do Iraí, pode ser uma boa opção. Ele oferece em sua estrutura um complexo que tem desde um playground aquático para os pequenos, piscinas, sauna, quadra de biribol e os tobogãs radicais Free Fall (em português, “queda livre”) até o Kamikase para os mais aventureiros.
Há ainda quadras de futebol, vôlei, tênis e bocha para uma competição sadia com os amigos. Ou, também é possível fazer uma caminhada pela trilha do bosque ou aproveitar os tanques de pescaria – se a ideia é ficar mais em contato com a natureza.
Para a hora da fominha, o parque possui ainda espaço para eventos, área de alimentação com restaurante, lanchonete, pastelaria e sorveteria, além de 130 churrasqueiras cobertas.
Serviço
Preço: Terça a sábado: R$ 40 (por pessoa) 
Domingos e feriados: R$ 50 
Crianças de até 5 anos: entrada gratuita 
Crianças de 5 a 12: R$ 5 de desconto
Coladinho à Curitiba – em Almirante Tamandaré – o parque é um dos mais tradicionais do gênero. Abriga piscinas com tobogãs em espiral, churrasqueira coberta para 300 pessoas, além de 60 churrasqueiras individuais. Para aquele festerê, tem salão de eventos com cozinha industrial disponível.
Serviço
Preço: R$ 20 (por pessoa) 
Crianças de até 5 anos: entrada gratuita 
Crianças de 5 a 8: meia entrada
O Araucária Acqua Park é um ótimo exemplo do melhor do verão reunido em um só lugar. Lá o visitante vai encontrar desde as piscinas infantis e adultas, os tobogãs para descidas radicais (Circular e Kamikaze), a quadra de biribol, além da piscina com ondas e do rio lento para passeio de boia.
Para um roteiro mais aventureiro, o parque oferece áreas destinadas a esportes de aventura como tirolesa, parede de escalada, pista de mountain bike e arvorismo.

A área de alimentação conta com três lanchonetes, sorveteria, um restaurante principal, bar Kamikase e bar molhado, churrasqueiras para eventos, salão de eventos espiral e salão do bosque.
Serviço
Preço: A partir de: 
R$ 60 (por pessoa) 
Crianças de até 4 anos: entrada gratuita 
Crianças de 5 a 12: R$ 40
***Acampamento***
Este é um lugar voltado para acampamentos pedagógicos com foco em grupos escolares, igrejas e familiares. Com o passaporte total, o local oferece o transporte, alojamento e a alimentação durante os dias pré-agendados. Sua estrutura conta com pista de aventura - arvorismo, escalada, tirolesa -, quadras de futebol e vôlei, trechos para passeio a cavalo e lagos para pesca. Todas as visitas são monitoradas por profissionais que garantem a segurança dos visitantes e o entretenimento por meio de gincanas.
Preço: R$ 90 (por pessoa)
Parques e ruas de Curitiba são uma atração à parte. Nada melhor para um dia ensolarado do que aliar o visual da capital ecológica com a prática de uma atividade física aeróbica – utilizando um meio de transporte não poluente – como ocorre com o ciclismo.
A própria prefeitura da cidade incentiva a prática através do programa Pedala Curitiba. Iniciativa semanal – que acontece todas às terças-feiras -, reúne ciclistas noturnos para um percurso que pode variar entre 15 e 17 quilômetros, partindo da Praça Garibaldi, às 19h45.
Diversos outros grupos independentes como “Bike Curitiba”, “Pedaloides”, “Pedal Noturno Curitiba”, entre outros, se organizam, geralmente via redes sociais, para se encontrarem também semanalmente para a prática do ciclismo. Os tipos de bikes, percursos e faixas etárias respeitam as agendas e determinam o nível de dificuldade da pedalada.
***Paintball***
Quer ação no seu verão? O paintball pode esquentar ainda mais as coisas. Nesse jogo, dois grupos se enfrentam em campos que simulam ambientes de guerrilha, munidos de capacetes, coletes, luvas e armas que disparam projéteis que colorem a superfície ao tocá-la. O objetivo do jogo é capturar a bandeira antes da equipe adversária, eliminando o máximo de opositores possível em menos tempo.
Curitiba Paintball 
Em uma área de 1800 m², o espaço é dividido em dois campos que oferecem desafios diferentes. O “urbano” (de 1350 m²) simula um confronto entre edificações e obstáculos próprios desse tipo de perímetro, e o “favela” (750 m²) simula um embate dentro do perímetro das comunidades. Os projéteis são biodegradáveis. Além dos campos de provas possui também salão para eventos familiares ou corporativos.
Paintball Zone CWB 
Campo de provas a céu aberto, montado sobre uma quadra de grama sintética de 30X40, o espaço comporta partidas de no mínimo uma hora, com 10 participantes. Pode haver duas modalidades: o mata-mata e a tradicional captura da bandeira
Preço: Por pessoa:
R$ 15 (50 bolinhas)
R$ 40 (200 bolinhas)
Também possuindo dois campos – um de 1500 m² e outro de 900 m² - o estabelecimento fornece equipamentos nas cores verde, laranja e branca. Os projéteis são biodegradáveis.
Preço: R$ 25 (100 bolinhas)
Mais de 15 jogadores:
R$ 30 (150 bolinhas) 

Matéria publicada originalmente no Guia Gazeta do Povo em 21/01/2014

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

SMN Indica: Ensaio Sobre a Cegueira



É bastante comum dizermos metaforicamente que a correria da vida urbana, as "urgências" individuais do cotidiano tornam a todos cegos para aquilo que não nos afeta diretamente. Mas e se houvesse uma cegueira real, coletiva, epidêmica, que em poucos dias assolasse toda uma cidade de forma exponencial e sem precedentes?

Foi essa realidade caótica que o escritor português José Saramago - vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 1998 - vislumbrou em sua obra Ensaio Sobre a Cegueira.

Alinhando um estilo único de utilização dos recursos linguísticos de acentuação gráfica e expressões idiomáticas, o autor desenha uma gama de situações - das mais simples às mais complexas - onde vai destituindo a condição do cego de todos os estigmas que a cercam, e dessa forma mapeando cada nuance da natureza humana, ao mesmo tempo em que traz à luz questionamentos sobre a legitimidade dos pilares sobre os quais se ergue a organização dos grupamentos sociais como os conhecemos.

"O medo cega... são palavras certas, já 
éramos cegos no momento em que 
cegámos, o medo nos cegou, o medo nos 
fará continuar cegos."



sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

A palavra certa

Quero a palavra que lhe diga que não há por que defender-se...
Que nos caminhos escritos por seus passos, tudo o que procuro
É encaixar também meus pés.

Oxítona, paroxítona, acentuada ou não,
a palavra que tonifique em seu coração
A agudeza das verdades que lhe dedico.

Que seja verbo, adjetivo, substantivo ou locução
O certo é que carrego, adjunto a cada desenhar de
letra, o amor mais puro e transformador que Deus
me ensinou a escrever.

São limitados os meus vocábulos mas infinitos
meus sentimentos... E não importa o quanto me
encantem todas as palavras do mundo...

Pois a certa sempre vai ser o seu nome.   

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Sons da varanda

Fecho os olhos. Ofereço meu rosto e meus pensamentos ao vento. Então, as cores dos sons penetram o imaculado instante pelas frestas auriculares. Frequências pululantes preenchem os vãos da imaginação e me conduzem pela mão ao mais harmônico existir.

São gorjeares rosáceos, volatas lufantes multimatizadas... e um pretenso cego à deriva, alçando e imergindo, entre cristas e vales, abandonando-se docemente por entre os graves e sustenidos que emanam das pedras e das aves.

De repente, um farfalhar ciano-amarelo se desprende das folhas chorosas do salgueiro, e derrama-se, suplicante, nas gotas do ar. Ouve-se um pisar obsequioso e avermelhado por sobre as gramíneas cantantes, como a anunciar a vida em movimento. Pachorrentos, dormem os decibéis indolentes por sobre o frescor do orvalho da manhã.

Silvando silvestre, se levanta, despótico, o titânico alaranjado multitônico do Sol. A estender seus raios sobre a Terra e a despejar no amanhecer infras e ultravioletas sônicas, esparsamente consonantes.

Abro os olhos, e em cada partícula, em cada sibilar de leptons e hádrons oscilantes... Vejo Deus a reger esta orquestra.