Descobrir algo novo é o que realmente faz nossas ondas cerebrais enlouquecerem. Quem acompanha este blog sabe que por aqui som novo fervilha todos os dias e, hoje, a banda americana Alabama Shakes é o que está tirando nossos neurônios pra dançar
O trio, formado por um misto de colegas de faculdade com um cara que apenas estava no lugar certo na hora certa, conta com vozes e guitarra de Brittany Howard, o baixo de alternativo de Zac Cockrell e a batera de Steve Johnson, resultando em músicas que têm em sua essência desde David Bowie até Punk Rock, até que Justin Cage trouxe o som do órgão que faltava.
Ocuppy Wallstreet é talvez o movimento social de protesto por redução das desigualdades sociais através da redistribuição de renda mais notório e por isso "bem-sucedido" dos últimos anos.
Apesar de alguns revezes sofridos, como o incidente do Zuccotti Park, o movimento continua a se ramificar e angariar apoios de peso. Tom Morello (RATM), Serj Tankian (S.O.A.D.) e Tim McIlrath (Rise Against) parecem ter entrado de cabeça no apoio aos manifestos, os três entraram em parceria para uma canção que promete inflamar as multidões.
Como parte das comemorações pelo 70º aniversário do maior nome do soul/funky brasileiro, uma nova coletânia traz material inédito de Tim Maia, e você pode ouvir aqui
Imagem disponível no site oficial: http://nervocranianozero.com/
O frio que pairava na noite da última quarta-feira (26) em Curitiba em nada tinha a ver com o clima experimentado pelos espectadores do filme Nervo Craniano Zero, do diretor Paulo Biscaia Filho, exibido com alto teor de morna sanguinolência e interatividade, no palco do Guairinha.
Contextualizada por uma trilha jocosamente oitentista, a obra oferece ao público uma cínica (e cênica) experiência de ampliação da sensação de imersão, alcançada por uma excelente manipulação de metalinguagem.
Através de um processo híbrido entre cinematografia e atuação teatral - denominado Encena-Ação - o longa/montagem acompanha o inescrupuloso plano da escritora Bruna Block, cujo objetivo é levar "suas" publicações ao topo da lista dos Best-sallers a qualquer custo. Utilizando a seu favor os estudos de indução à criatividade do neurocirurgião Dr. Bartholomeu Bava, Block alicia a jovem ingênua e interiorana Cristi como cobaia para a implantação de um chip cerebral que através de descargas de dopamina gera surtos de inspiração. É a partir dessas bases que a história se desenvolve.
Prodigiosa também - talvez mais que a trama até - é a interpretação das atrizes Guenia Lemos (Bruna Block) e Uyara Torrente (Cristi) que, com seus personagens diametralmente delimitados, são capazes de conferir às cenas em que dividem o foco um caráter de comicidade desconcertantemente irônica, ancorada em diálogos incisivos e enxutos, o que contribui enormemente para a fluidez com que a obra conversa com a linguagem dos quadrinhos, mantendo uma característica marcante da obra de Biscaia Filho.
Essa interrelação com os quadrinhos está muito presente na "cor local" de toda a obra, na medida em que ela está impregnada no argumento para os pontos de giro, muitas das sequências non sense e até mesmo na dinâmica da atuação teatral verificada no preâmbulo da montagem. O desfecho, que poderia sinalizar para a típica completude da jornada do herói, onde a moça retorna triunfante para gozar seus louros, oferece ainda uma surpresa condizente com a atmosfera ácida da produção.
No palco, a interatividade ganha cores, sons e... Melpomene!
Se o leitor considerar seus nervos cranianos fortes o suficiente, vale a pena pô-los em teste na segunda apresentação:
Trailler
Serviço:
Data: 27 de setembro
Local: Teatro Guaíra – Auditório Salvador de Ferrante (Guairinha), Rua XV de Novembro, 971
Horário: 20h30
Ingressos: R$ 14,00 (inteira) e R$ 7,00 (meia). Venda antecipada na bilheteria do teatro e no site www.teatroguaira.pr.gov.br
Informações: 3304-7961
Talvez a culpada seja aquela fita cassete amarela onde o Rauzito dizia - para os meus tenros (e deslumbrados) ouvidos de 5 ou 6 aninhos - que ele estava "sempre tentando cortar o cabelo de alguém..." Então, depois de repetir e carregar seus ensinamentos por toda uma vida, vejo que também eu estou sempre deixando a luz do quarto acesa pra que ninguém tropece na escada.
Tenho a dizer que muitas vezes a direção do trem não muda mesmo, por mais que nos esforcemos... Tenho a dizer que, no final, é isso: algumas coisas são porque são... Porque é essa sua natureza...
As vezes, me vejo imerso em um esforço intenso pelo respeito, admiração, amizade de alguns... E a resposta? Vem na mesma intensidade da força porém na direção oposta - Ave Newton! É o meu tempo se esvaindo no trabalho de formas e contornos de universos alheios.
Há muitas arestas ainda em meu próprio universo. Há muito de mim mesmo a ser polido, acabado...
E mesmo que meu egoísmo não seja assim tão egoísta penso que seja bom não esperar dos outros a mesma atenção que lhes dispenso.
Sei bem que meu interesse pelos rumos políticos deste país - e pela própria política em si - é relativamente recente e, com isso posso dizer, seguramente, que ainda há muito a conhecer antes que possa considerar meu nível de entendimento acerca das questões que a envolvem como sendo o ideal, ou mesmo próximo disso.
O que já sei, no entanto, do alto da maturidade que meus míseros "vinte e poucos anos" me conferem, é que o juízo de valor em torno de qualquer argumento depende dos referenciais de quem o avalia. E uma vez compartilhadas (ou não) as bases sobre as quais o argumento se alicerça, há um acordo com relação à relevância do mesmo.
E é tendo isso em mente que sustento o argumento de não reafirmar através do meu voto a liderança, em minha cidade, de um partido que, sobre os ombros, carrega a responsabilidade do maior encândalo de desvio de verbas públicas e compra de apoio político já esquematizado na história deste país.
Ainda que esta prática seja (vergonhosamente) recorrente - e que não tenha sido iniciada na gestão em questão - os parlamentares da base, que na época gozavam de plenos poderes para extirpar essa distorção, optaram por corroborar (e mais ainda potencializar) com a conduta, de modo que tanto os gestores anteriores quanto os atuais estão errados.
Se durante a conversa de ontem a debilidade do meu argumento foi exposta no ponto onde desconsiderava que, dentre os partidos existentes, o da situação é - proporcionalmente - o "menos corrupto" o que me resta dizer é que a minha posição se alicerça sobre uma base muito mais moral que política (no sentido ruim da palavra), podendo ser traduzida em uma premissa muito simples que trago de casa:
A série de posts é uma pequena homenagem inspirada na obra do ator e diretor Alieksei Machinski denominada "Petit Mort". Uma das produções teatrais mais intensas que tive o privilégio de assistir:
Prólogo
O chapéu preto do opulento menestrel oferece os primeiros cumprimentos;
O cigarro equilibrando-se entre as letras da saudação.
Na antessala do cubo, verdes os sofás...
Abundando a elite da contra-elite.