segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O Poeta Morto (ou O Mar de Domingo)

Um verso se derrama, plúmbico,
Em seu marasmo... Um jazer cotidiano.

Olhos de um desdém procrastinado
Cospem palavras cinzentas
No céu da primavera.

Já o marulhar não lhe eleva o espírito.
O corpo abandonado no cais
É ébrio barco ancorado em lembranças.

...

E o poeta morto espera a mudança da lua
Para que o vento lhe traga de volta
O navegar de sua poesia.