quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Carpinteiro (do meu) universo...

Talvez a culpada seja aquela fita cassete amarela onde o Rauzito dizia - para os meus tenros (e deslumbrados) ouvidos de 5 ou 6 aninhos - que ele estava "sempre tentando cortar o cabelo de alguém..." Então, depois de repetir e carregar seus ensinamentos por toda uma vida, vejo que também eu estou sempre deixando a luz do quarto acesa pra que ninguém tropece na escada.

Tenho a dizer que muitas vezes a direção do trem não muda mesmo, por mais que nos esforcemos... Tenho a dizer que, no final, é isso: algumas coisas são porque são... Porque é essa sua natureza...

As vezes, me vejo imerso em um esforço intenso pelo respeito, admiração, amizade de alguns... E a resposta? Vem na mesma intensidade da força porém na direção oposta - Ave Newton! É o meu tempo se esvaindo no trabalho de formas e contornos de universos alheios.

Há muitas arestas ainda em meu próprio universo. Há muito de mim mesmo a ser polido, acabado...

E mesmo que meu egoísmo não seja assim tão egoísta penso que seja bom não esperar dos outros a mesma atenção que lhes dispenso.
  

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