domingo, 25 de maio de 2025

Sob as rosas de Erato

Erato, The Muse of Love Poetry -- François Boucher



Anda, escreve, se serve da pena. 
Pois novamente nasce em ti 
o sopro incandescente do poema.

Sufocada nas pequenezas do viver cotidiano,
Usa-te do verso para arrancar d'alma
a palavra que te eleva além do humano.   

Entrega ao ventre da estrofe, segredada
Pelas rosas de Erato sempre velada 
A pevide silábica do teu sentimento.

Ergam-se as musas, espalhem seu canto.
Dissipem do poeta o amargor do pranto
Pois jamais se fez rima entre amor e lamento.


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