sábado, 23 de julho de 2011

Pio Vero... Veríssimo!

Tem, ser humano qualquer que seja, o direito de sugerir pinceladas outras que não as escolhidas pelo mestre à sua obra? Ordinário ou virtuoso menor pode sequer cogitar alternativa para melodia que nasce da alma de um gênio? Não. Foi com essa certeza ao pé do ouvido que tomei da caneta ontem, com a infrutífera incumbência de apontar "deslizes" na coluna assinada por Luís Fernando Veríssimo, que a Gazeta do Povo tem a honra de publicar.

Fiz-me sobre-humano somente para controlar um misto de euforia e insegurança. Recolhi as minhas pretensões pra bem junto do peito, respirei da forma mais humilde de que me lembro, e preparei os olhos e o espírito para somente uma coisa... Aprender.

A cada linha, o brilho do estilo, ainda que de forma despretenciosa, como quem conta uma história para um amigo. A situação ganhava cor, movimento, clima... e eu ali, como espectador primeiro de um deslumbre reflexivo sobre a motivação (e senso de responsabilidade) por tras do penalti...

Pousei minha caneta (envergonhada) de revisor sobre a mesa, e passei a admirar a composição do texto, a clareza na exposição das ideias, o encadeiamento perfeito do raciocínio... como me cabia, já que, mesmo tendo feito uma primeira leitura "técnica", não havia sequer um espaçamento a corrigir.

Revisar Veríssimo é como buscar fio solto no tecido da perfeição, e mesmo que o leitor atribua minhas palavras a mero arroubo de admirador, com a visão turva por esse sentimento, defendo-me convidando-o à leitura da última coluna do mestre, e desafiando-o a discordar do que digo...

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