segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Poeta das coisas tristes

Perturbava a paz do café adormecido
com um microrredemoinho...
Aprendeu, naquela noite, que colheres
e pensamentos não cabem na mesma xícara.

Desejou o agulhar da chuva na janela
Mas aquela palidez escura, asmática e quieta,
Insuportavelmente cravejada de estrelas,
Matava no ventre da mente a poesia.

Era daqueles poetas que precisam do acontecer...

Da chuva triste
Da noite triste
Das coisas tristes

O poeta pedia chuva
... enquanto o verso pedia lágrimas
 


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