Erato, The Muse of Love Poetry -- François Boucher
Anda, escreve, se serve da pena.
Pois novamente nasce em ti
o sopro incandescente do poema.
Sufocada nas pequenezas do viver cotidiano,
Usa-te do verso para arrancar d'alma
a palavra que te eleva além do humano.
Entrega ao ventre da estrofe, segredada
Pelas rosas de Erato sempre velada
A pevide silábica do teu sentimento.
Ergam-se as musas, espalhem seu canto.
Dissipem do poeta o amargor do pranto
Pois jamais se fez rima entre amor e lamento.