quarta-feira, 18 de julho de 2012

... e aí vamos nós (de novo)

Sábado último. Estava em casa há cerca de meia hora - ou menos até - quando uma fonte sonora de tão má qualidade quanto intenção despeja no ar, sem nenhum tipo de consideração aos meus ovidos, um jingle porcamente produzido e propositalmente xarope para me lembrar que o "Candidato A" é a milagrosa solução para os problemas seculares da minha cidade. Os lalalás se misturam aos blablablás e pronto... Está revigorado meu asco pela espécie que mais procria indiscriminadamente no ambiente atual: "Políticus Oportunistus".

E eles vão... Caminhando e cantando e enchendo a nação. Inchando o processo democrático de promessas de perfumaria e discursos de porta de boteco. Comprando dentaduras e votos, segurando e beijando bebês classe média e obrigando você a ler mais um texto como esse, de indignação recorrente.

A cada quatro anos, preenchemos - forçosamente - os pratos da balança com a carne podre disponível, o que nos leva invariavelmente às opções: fé demais ou fé de menos. E pior... Como já vem se tornando praxe, a geração "sangue do meu sangue" engrossa o caldo e afina a esperança.

...

Na corrida por um salário milhardário, pouco importa se o "pobrema" é de saúde, saneamento, segurança ou... de Língua Portuguesa mesmo. Eu, que nunca antes olhei para além da minha confortável realidade, mostro os dentes (e outros atributos previamente selecionados) para que acreditem que, com seu voto, vocês transferem a um homem honrado o sagrado (?) dever de zelar pelos interesses de pessoas cujos rostos eu procuro evitar após o período de eleição...

E, antes que eu esqueça, meu número é...

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