segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Cada detalhe...

A lua me pede versos. Começo a formá-los n'alma quando percebo, não sem surpresa, que, nesta noite, as letras não desejam dançar comigo. Querem, antes, ouvir... Procuram assento ao pé de mim e como amigas de toda uma vida - o que de fato são - pedem prosa. Não me sinto no direito de recusar... Prosa então.

Depois de tentar dois ou três floreios, não pude evitar de trazer ao pensamento aquela que dá sentido a toda e qualquer palavra minha; aquela que guarda o infinito no ondular da voz; aquela cujos olhos encerram os segredos de toda a pureza.

Tento dizer às minhas letras que não há outros caminhos, e, mesmo que houvesse, os reescreveria a todos para que culminassem sempre em teu sorriso. Para que serve a escrita senão para acariciar você, amada minha? De que valem os versos, brancos ou multimatizados, se não forem eles capazes de mostrar o quanto o seu existir me faz melhor?

Esta noite, sirvo-me da mesma pureza porque necessito dizer que todos os castelos que ergui, todas as armaduras que carreguei se desfazem diante de teu sorriso; que, sublime como nunca antes, encontro-me disposto a transformar cada detalhe da minha vida, cada rima da minha poesia com o único propósito de tocar seu coração, simplesmente porque não há como desfrutar de dois segundos de sua companhia sem que a alma deseje uma vida inteira deste mesmo iluminar.

Se há de fato uma bênção guardada para todos os caminheiros é justo dizer que és a minha, que me devolveste, menina, à casa a que sempre pertenci, e que por meio do amor que sinto, pude encontrar luz onde não mais pensei que houvesse.

... pois no mar onde sempre me obriguei a navegar sozinho, cada detalhe seu se fez farol em meu caminho  


2 comentários:

  1. Bacana ver que a sensibilidade também está presente num Sistema Muito Nervoso! Gostei, Rico!

    Grande abraço!

    Caco Flores

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