quinta-feira, 5 de junho de 2014

Caminheiro...

Os caminhos por onde andou, pouco importavam... Na cadência de seu caminhar morava o ritmo das coisas simples. Quando a estrada se desdobrava para oferecer-lhe companhia, fazia questão de diluir a incógnita da partida e da chegada na frugalidade de uma prosa espreguicenta. Carregava nos bolsos somente as histórias colhidas do horizonte, tinha esse velho costume de não esperar do próximo passo algo além do renovar do vigor para a andança...

"Caminho por que sou feito de movimento". Embora o povo apressadamente iludido das cidades por onde passava mal parasse seus afazeres para lhe ofertar aceno que fosse, os mais novos conheciam bem essas palavras.

Enquanto trocava os passos, dava corda no mundo debaixo dos pés...    

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