segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Aquele velho adeus, e uma rolha na testa!

Este NÃO é um texto de felicitações pelo ano que se inicia. Este também NÃO é um texto de análises retrospectivas. Na verdade, esse texto vai ser o que ele decidir ser na medida em que for ganhando forma durante a própria escrita.

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São as mesmas sete ondas, são os mesmos nove (ou doze) bagos de uva... E as mesmas promessas e superstições tolas, vazias e clichês no momento em que o relógio decreta a morte por insuficiência respiratória do ano que deixamos para trás.

Você escolhe a cor da roupa para a virada. Quer dinheiro mas reclama de ter de trabalhar. Deseja amor mas apoia sua visão do outro em noções rancorosas e injustificáveis de que todos os homens ou mulheres são iguais, indignos do último ser virtuoso do planeta, representado pela sua pessoa. Faz pedidos para Iemanjá e para todos os santos e entidades que julga capazes de transformar sua realidade, enquanto senta a bunda no sofá e espera seus sonhos se cristalizarem. Você deseja um país sustentável e sem corrupção mas elege quem rouba seu dinheiro e destrói suas florestas. Imagina como quer que as coisas sejam no futuro sem caminhar no presente em direção a elas...

Mais do que perda de tempo, promeças vazias são um retrato da insipiência de nossos dias... Em que nos colocamos todos a um passo da insanidade... Reproduzindo os mesmos comportamentos e esperando resultados diferentes.

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