terça-feira, 16 de julho de 2013

Quando ela se vestiu de lágrimas



Escondia o olhar felino por detrás de agruras calculadas...
Trêmulo, o abraço cínico ocupava os veios da ausência,
Enquanto suplicava complacência dos corações feridos.

Escrevia a dor na face com extrema maestria
Nos lábios a displicência das palavras ensaiadas
Dobrou-se em mesuras, se fez honrarias
Pôs na boca a palavra antes maculada

Vestiu-se de lágrimas, se fez condolência
Lamentou o tempo, a ofensa trocada
Embora mostrasse copiosa clemência
A torpe consciência mantinha intocada

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