quinta-feira, 31 de maio de 2012

Eu - meu pior inimigo

Há pouco mais de uma semana, estava eu em uma das mesas do Chinaski a perdular palavras e goles de cerveja na companhia do amigo - não, amigo é pouco, irmão - Carlos Alexandre Demeterco, divagando sobre o estado atual de nossas vidas, quando esta frase caiu sobre a mesa:

"- Eu sou meu pior inimigo"

Lembro de termos segurado os copos com mais força até, tamanho o impacto da sentença. Trata-se daquele desconforto experimentado quando uma verdade nunca antes exposta meteoricamente rasga a atmosfera e nos acerta na boca do estômago. Então nos defrontamos com nossa parcela de humanidade, de dúvida.

A verdade é que o homem é capaz do impensável mas somente quando vence a si próprio primeiro. Há no íntimo de cada indivíduo forças capazes de impulsionar seus atos ou de retraí-los, determinando suas realizações e o modo como este vai olhar para si quando o tempo da reflexão chegar. Impossível não citar a épica frase de Hamingway: "Você pode destruir um homem mas nunca derrotá-lo" e naquele momento, meu amigo e eu alcançamos a compreensão do porquê. Porque quem derrota o homem é o homem.

Não há como evitar o medo... Evite então que ele o domine. Não há como desprender-se da hesitação... Então a transforme em cautela. E foi elaborando esses conceitos que meu companheiro de ruminação etílica devolveu estoicamente o golpe desferido anteriormente, dizendo:

" - Não importa o que ou como as coisas tenham sido, cada oportunidade é única para se fazer as coisas de forma diferente"

... e apenas nos restou o brinde.

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