sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Mostra independente “Rusé” foge dos grandes espaços



Coletivo de artistas de múltiplas linguagens inaugura mostra nesta sexta (9)


Astutos e inquietos, artistas do Coletivo Arte Livre se organizam para fazer a sua arte chegar a diferentes espaços e, consequentemente, a diferentes públicos. Na próxima sexta-feira (9), inauguram a exposição “Rusé” – que ganha espaço no Café Teatro Toucher La Lune – e permanece em cartaz até o dia 20 de outubro.
Artistas independentes, dedicados às mais diferentes formas de expressão artística – desde desenhos, litogravuras e xilogravuras – são altamente imersos no ambiente virtual, organizando mostras e outras iniciativas de cunho cultural, em detrimento dos meios tradicionais de promoção da arte.
Segundo a curadora da mostra Karen Matias “Os grandes espaços não apresentam critérios muito claros para a escolha do acervo. Devido a isso, o artista muitas vezes encontra barreiras para apresentar seus trabalhos”. Na busca de soluções para essa situação, artistas que compartilham entre si momentos similares na carreira, buscam caminhos alternativos.
Igor Oliver, desenhista destaque dessa edição do evento, destaca que a interação entre os artistas deve prevalecer em relação ao isolamento e, por isso valoriza iniciativas como essas “A troca de ideias, técnicas e perspectivas, nos transforma enquanto artistas e fortalece a cena como um todo”, comenta.
O artista tem na essência de sua arte muito do conceito do evento em si, Fascinado pela figura do coelho, busca retratar através dele a ingenuidade se contrapondo à astúcia. Relação aliás que dá nome à mostra: a palavra rusé, em francês, significa “astuto”.
Outro artista que se destaca é João Zoccoli – que se utiliza da xilogravura para retratar aspectos da cultura indígena e sua situação na contemporaneidade: “Escolhi a xilogravura por ser uma linguagem mais rústica, que se adapta melhor à proposta”, comenta. Quando perguntado sobre a possibilidade de expor seu trabalho coletivamente, ele pondera: “Tem tudo a ver com a temática indígena, onde dentro de uma irmandade fazem tudo juntos e crescem juntos”.

Matéria originalmente publicada na Gazeta do Povo

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