Meus versos são todos dores...
Sem brilho de lua, ou cheiro de flores,
Antes, têm gosto de lágrima.
Que d’um canto da alma morre no canto da boca.
Meu verso é um salto surdo na alma do nada...
Tropeço de rima no limiar da jornada,
É troça mal feita, desesperada...
É o lamurio de uma chama amordaçada.
Meu verso é a esperança suicida...
O asco escrito na face da vida,
É estrada sem rumo e nem partida.
É palavra doente, mordaz e corrompida.
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