quarta-feira, 2 de março de 2011

Sem título...


Meus versos são todos dores...
Sem brilho de lua, ou cheiro de flores,
Antes, têm gosto de lágrima.
Que d’um canto da alma morre no canto da boca.

Meu verso é um salto surdo na alma do nada...
Tropeço de rima no limiar da jornada,
É troça mal feita, desesperada...
É o lamurio de uma chama amordaçada.

Meu verso é a esperança suicida...
O asco escrito na face da vida,
É estrada sem rumo e nem partida.
É palavra doente, mordaz e corrompida.
  

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